quarta-feira, 20 de junho de 2007

Exposição de fotografias




No dia 18 de Junho houve uma cerimônia de entrega de prêmios, lançamento de um livro ("Figuras e factos de Viana do Castelo) e inauguração de uma exposição coletiva do resultado de um concurso municipal. Neste concurso, concorri com três fotos e uma delas distinguiu-se com uma menção honrosa.
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quarta-feira, 6 de junho de 2007

Alerta laranja


Traduzindo numa imagem a minha situação, seria assim: alerta laranja - aproxima-se a data de entrega e tenho quase tudo por fazer. Eu gosto de laranja, é energético e tem vitamina... é assim que prefiro encarar, para não stressar. Com dois meses de atraso (que passaram voando), começo a ter um bom ritmo só agora. Por quê só "desbloqueio" a criatividade sob pressão? Será falta de disciplina? Não, apenas: MÃEnutenção. A minha capacidade de concentração se dilui em 25684393779 coisas para fazer ao mesmo tempo. E tudo tem que sair minimamente bem. Resultado: sai tudo mais ou menos... e é assim também com os trabalhos acadêmicos. Tenho, em mente, uma solução para a intervenção exterior ultra cool, mas realizá-la é ultra slow. Quando crescer quero ser prática, ultra prática. Quero ser alemã!
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terça-feira, 5 de junho de 2007

Tamanho não é documento

Numa excelente comunidade "virtual" chamada nutrição consciente, tenho conseguido as respostas para minhas perguntas velhinhas, a respeito de nutrição.
Tenho me debatido com muitos conceitos que, intuitivamente aceito como verdadeiros, para mim. O choque com os conceitos estabelecidos e todo o desmantelamento das razões que sustentam essas velhas formas de estar me agradam muito (toda a indústria parasita, a destruição que deriva dessas atividades...).
Tudo obedece a uma lógica e esta deve ser a mais natural possível. Se o nosso organismo reage com alergias, com fraquezas, resfriados frequentes, é por que o estamos agredindo demais!
Como minha cria não gosta de leite, e eu não a obrigo a tomar, estava a procura de alimentos ricos e cálcio, magnésio... e, finalmente encontro respostas. E encontro o gergelim (ou sésamo, em Portugal), riquíssimo em muitos minerais importantes e delicioso!
Avé Sésamo!

Na lista de links está uma comunidade relacionada que é a continuidade e evolução da "nutrição consciente", a GGOMPA.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Fada dentuça


Ela acordou e veio correndo, em silêncio, com seu sorriso rasgado de velhinha desdentada com a moedinha na mão. Olhos brilhantes, orgulhosos, diferentes de ontem à noite, onde os olhos brilhantes eram de um choro desconsolado depois do seu irmão lhe dizer que, afinal, a Fada Dentuça era o Ronaldinho Gaúcho.
(Tadinha)

quarta-feira, 23 de maio de 2007

primeira "janelinha"


primeira "janelinha"
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Hoje ela acordou e veio correndo me mostrar o "troféu": um dentinho minúsculo, branco como leite e uma pintinha vermelha de sangue.
Fiz uma festa, orgulhosa da minha menina, mas com um aperto secreto do que é óbvio: estou deixando de ter uma bebê grande para ter uma menininha na 2ª fase da infância. Fases ultrapassadas, ainda muitas para ultrapassar... Vamos em frente com muitas "janelinhas" ainda para abrir :).

P.S. Ela colocou o dentinho debaixo da almofada para o Coelhinho. Ele trocou-o por uma moeda de 1 Euro. Quero ver a carinha dela quando vir...

terça-feira, 22 de maio de 2007

G. & G.



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G. é um menino de 4 anos que está na mesma turma do Jardim de Infância de G., uma menina de 5 anos.
Dele, pouco conheço, mas sua mãe uma vez foi à escola, à convite da Educadora, que em vez de fazer reuniões com os pais a falar sobre as atividades com as crianças, convida-os para assistirem uma "aulinha", em pequenos grupos. Nessa visita, a mãe de G. reparou em como a minha G. (que era a ajudante da educadora naquela semana) executou suas tarefas bem e com muita desenvoltura. Quando essa mãe me viu, fez questão de elogiar de forma muito delicada as atitudes da G.. Senti uma sinceridade ternurenta naquela pessoa que me sensibilizou.
No dia seguinte, "por acaso" nos encontramos no supermercado (destino certo de mães aos sábados) e ela acabou por contar-me que o G. estava com dificuldades de socialização, não queria estar com ninguém, ir a festa alguma, mas que falava da G. , desejando que ela fosse à casa dele brincar. Tinha dito isso naquele dia e "por acaso" nos encontramos... Quando eu disse à mãe dele que "nada era por acaso", os olhos dela brilharam, suspendeu um pouco a respiração, parecendo sentir uma cumplicidade especial (ao nível da emoção e não da razão). Nessa hora, a G. quis ir com o amiguinho e, de mãos dadas, lá foram brincar no sótão já não tão solitário do G.
Quando a G. voltou, trazia numa sacolinha um DVD emprestado e um CD de música instrumental ( http://www.kevinkern.com/ ) que a mãe disse que eu iria gostar. Fiquei sensibilizada de novo (não é "normal" as pessoas serem tão delicadas assim, pensei).
No dia seguinte foi o Dia das Mães e a G. me acordou com beijinhos, me deu o presente, disse o poema de cor e foi correndo buscar o CD, que ainda não tínhamos ouvido. Quando ela coloca o CD e aquela música invade o meu coração (que já estava pré-derretido), me emociono de tal forma que não consigo parar de chorar.... deve ter sido uma meia hora, no mínimo. Mas um choro diferente, de algo sublime que estava todo conectado naqueles gestos...
Na semana seguinte, a mãe do G. me telefona, perguntando quando poderia vir entregar uma coisa a G.: "- É que o G. queria lhe oferecer algo... e não sossega enquanto não for comprar e oferecer à sua amiga especial!"
Ele ofereceu um ramo de gerberas rosa-bebê a G.!
E brincaram a tarde toda, toda....
G.&G.: mais pareciam um Gatinho tímido e adorável e sua amiga Gerberinha cor-de-rosa bebê.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Plantar coisas de comer


futuras beringelas
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Nunca imaginei sentir felicidade em plantar coisinhas de comer. Mas senti e tive até que telefonar para uma amiga pra partilhar essa "bobagem". Bem, ela mandou o marido ir na hora na feira comprar também... resultado: agora somos duas (com os maridos, quatro) pessoas bobas olhando as alfaces, beringelas e tomateiro crescer.
Como ainda vivemos em "gavetas de morar" (alguns chamam apartamento), tive que plantar os filhotinhos (vegetais) em floreiras. Espero que não se ofendam... afinal até tem um nome chique pra isso: permacultura urbana. Adorei.. adoro as voltas linguísticas que a gente dá pra se sentir bem, moderninho e fazer uma linha de gente muito bem informada... rsrsrs
Duro é explicar que uma micro-hortinha-em-vasos tem esse nome esquisito pra minha filhinha, que ajudou a plantar, para abençoar, com suas mãozinhas de anjinho, a nossa futura salada.



segunda-feira, 5 de março de 2007

PaisAgindo

“Considera-se a paisagem como sendo o resultado material de todos os processos (naturais e sociais) que ocorrem em um determinado sítio. A paisagem é portanto construída a partir da síntese de todos os elementos presentes neste local e sua apreensão se dá pela imagem resultante dela. Uma paisagem é tudo que posso ver ao meu redor, isto é, tudo o que posso ver numa extensão ou espaço.”
Essa definição de paisagem, retirada da Wikipedia, foca a importância do olhar do indivíduo sobre um determinado espaço. Para mim, a paisagem também é a cara do tempo. É a comunhão dos vetores tempo/espaço. Não é apenas visual seu impacto.
Eu nasci em São Paulo, contemplando uma paisagem urbana, artificial, de cinza e luzes coloridas. Meus escapes eram férias no litoral ou em fazendas, onde encontrava o aconchego do verde, da paisagem natural.
Quando vim para Portugal, meu olhar encontrou outra paisagem. O que via era diferente. Nem melhor, nem pior, era apenas diferente. Enquanto turista, essa diferença é tonificante, entusiasma! Quando residente, estranha-se.
Eu adoeci de paisagem. Quando conheci a Serra de Estrela, o ponto mais alto de Portugal, era o início da primavera e a neve já tinha derretido quase na totalidade, deixando desnudas as pedras. Via a rudeza do granito, o cinza, a ausência de vegetação. Não gostei; estranhei. Não era a minha paisagem e percebi o quanto meu país age no meu íntimo, na percepção do ambiente que me rodeia.
Hoje me curei de paisagem; conheci o Norte de Portugal onde reencontrei o verde, a umidade e o caráter que isso confere às pessoas. Reconheci o meu país agindo novamente e dizendo que essa era “minha” paisagem. A qual pertenço agora.
E por fim, entendo o que é essa famosa forma lusitana de estar, que é a saudade, por ter a paisagem desse imenso mar: o muro líquido de tragédias, aventuras, riquezas, perdas e ganhos.
Fico imaginando como seria a consciência da paisagem em outros tempos. Acredito que, por exemplo, na Idade Média, as únicas pessoas verdadeiramente conscientes da paisagem eram os “bruxos” por terem a consciência dos quatro elementos. Os “bruxos” eram queimados. Na Renascença, haviam mais pessoas, não necessariamente “feiticeiros” com essa visão. Já não iam todos parar à fogueira. No Iluminismo, essa consciência já se aproximava do aceitável, na medida em que haviam mais pessoas com percepção do que isso significava. Hoje é imperiosamente necessária.
Quando referi que a paisagem agia em mim, era para conseguir entender como eu poderia ser ativa e agir sobre esta. Como posso ter essa consciência do que me rodeia e paisagir? Penso que passa por, pelo menos, educar o olhar. A partir daí, passo a entender, por exemplo, que esse ou outro elemento arquitetônico é todo simétrico e cheio de ângulos retos, representando uma ditadura qualquer. Passo a entender a linguagem da natureza com seus ritmos e nuances, que nunca se repetem e que me ensinam a ser contemporânea do pulsar natural.
“Paisagir” é sentir esse ritmo, educar o olhar, por fim, mudar. Agir no ambiente, ou não, mudando de hábitos, procurando o equilíbrio.
Nem que isso passe, apenas, por mudar um vaso na janela!