terça-feira, 22 de maio de 2007

G. & G.



Originally uploaded by lubignardi.
G. é um menino de 4 anos que está na mesma turma do Jardim de Infância de G., uma menina de 5 anos.
Dele, pouco conheço, mas sua mãe uma vez foi à escola, à convite da Educadora, que em vez de fazer reuniões com os pais a falar sobre as atividades com as crianças, convida-os para assistirem uma "aulinha", em pequenos grupos. Nessa visita, a mãe de G. reparou em como a minha G. (que era a ajudante da educadora naquela semana) executou suas tarefas bem e com muita desenvoltura. Quando essa mãe me viu, fez questão de elogiar de forma muito delicada as atitudes da G.. Senti uma sinceridade ternurenta naquela pessoa que me sensibilizou.
No dia seguinte, "por acaso" nos encontramos no supermercado (destino certo de mães aos sábados) e ela acabou por contar-me que o G. estava com dificuldades de socialização, não queria estar com ninguém, ir a festa alguma, mas que falava da G. , desejando que ela fosse à casa dele brincar. Tinha dito isso naquele dia e "por acaso" nos encontramos... Quando eu disse à mãe dele que "nada era por acaso", os olhos dela brilharam, suspendeu um pouco a respiração, parecendo sentir uma cumplicidade especial (ao nível da emoção e não da razão). Nessa hora, a G. quis ir com o amiguinho e, de mãos dadas, lá foram brincar no sótão já não tão solitário do G.
Quando a G. voltou, trazia numa sacolinha um DVD emprestado e um CD de música instrumental ( http://www.kevinkern.com/ ) que a mãe disse que eu iria gostar. Fiquei sensibilizada de novo (não é "normal" as pessoas serem tão delicadas assim, pensei).
No dia seguinte foi o Dia das Mães e a G. me acordou com beijinhos, me deu o presente, disse o poema de cor e foi correndo buscar o CD, que ainda não tínhamos ouvido. Quando ela coloca o CD e aquela música invade o meu coração (que já estava pré-derretido), me emociono de tal forma que não consigo parar de chorar.... deve ter sido uma meia hora, no mínimo. Mas um choro diferente, de algo sublime que estava todo conectado naqueles gestos...
Na semana seguinte, a mãe do G. me telefona, perguntando quando poderia vir entregar uma coisa a G.: "- É que o G. queria lhe oferecer algo... e não sossega enquanto não for comprar e oferecer à sua amiga especial!"
Ele ofereceu um ramo de gerberas rosa-bebê a G.!
E brincaram a tarde toda, toda....
G.&G.: mais pareciam um Gatinho tímido e adorável e sua amiga Gerberinha cor-de-rosa bebê.

2 comentários:

nat disse...

Que maravilha! Nada é por acaso mesmo, amiga. O coração do G. está com certeza mai9s quentinho agora...
Muitos beijos

nat. disse...

:) G & G

Que giro!